(FESTAS PARTICULARES) O direito meu termina, quando invado o direito de outros

 Paulo Figueiredo Filho ,é neto do ex Presidente João Batista Figueiredo

Por Paulo Figueiredo Filho                                                                    O direito meu termina, quando invado o direito de outros                                                                                                                                                                                  Uma das coisas mais sintomáticas sobre o Brasil são as festas ao som ensurdecedor. É o país onde o direito de se fazer bagunça se sobrepõe ao direito alheio de descansar. E ai de quem reclamar, porque será visto como ranzinza intolerante.

Para se ter uma dimensão do problema, no Rio de Janeiro há uma ocorrência de barulho a cada 3 minutos, segundo a Polícia Militar. É disparado o problema com o maior número de chamados no 190 carioca, representando quase 20% do total de ligações para o do número de emergência.

Infelizmente, a Prefeitura do Rio não ajuda. Não tem nenhum tipo de número específico ou fiscalização própria para atuar em cima do problema e multar os estabelecimentos (ou indivíduos), como reza a legislação municipal.

Essa omissão municipal, aliada à falta de noção do cidadão barulhento, obriga o incomodado a recorrer à Polícia Militar. Como resultado, tiramos das ruas quem deveria estar patrulhando crimes muito mais sérios para servir de babá de festeiros. Tudo isso às custas do dinheiro de impostos do contribuinte. Uma pena.

Em tempo: eu não poderia nem atirar a primeira pedra. Uma vez dei uma festa para um amigo cujo som estava tão alto que me causa constrangimento até hoje. Bastou uma temporada na civilização para eu ver o tamanho da minha falta de respeito com os vizinhos. Se tivesse feito o mesmo por lá, teria sido preso por uma equipe da SWAT e pegaria prisão perpétua...

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